Quem venceu as eleições de 2022, no Brasil ?!
Quem venceu as eleições de 2022?!
Hiran Roedel
Caminhando Jornal tv / Editorial 107
O país encontra-se em uma encruzilhada, nessas eleições. Estão em jogo dois projetos civilizatórios: de um lado o que defende os valores fundamentalistas medievais, a mentira como arma de poder e o comércio da fé; o outro que dialoga com as liberdades de pensar, de agir, sem abrir mão da fé religiosa, mas que aceita, compreende e reconhece o direito do outro em ser diferente.
Estranhamente, os ditos defensores da moral e da família são os que espalham mentiras, conhecidas como fake news, nas redes digitais utilizadas como ferramenta política para disseminar o ódio. Um jogo discursivo que não tem qualquer compromisso com os fatos e a realidade.
Exemplo disso é que, tendo a mentira como arma, a ex-ministra e senadora eleita Damaris mentiu, em um culto religioso, sobre a práticas de violência sexual no norte do país contra crianças, ocorrido quando ainda era ministra, mas sem ter tomado qualquer providência ou apresentado uma única prova.
Não menos repugnante foi a declaração de Bolsonaro quando diz que “pintou um clima” ao se referir a meninas de 15 que, por estarem maquiadas e arrumadas, tratavam-se de prostitutas. O absurdo maior é que o presidente não considerou que até poderiam essas meninas estarem sendo exploradas sexualmente, mas ao se tratar de crianças o suposto ocorrido se torna ainda mais grave.
Contra esse jogo baixo parece que tanto o judiciário quanto a candidatura de Lula não têm conseguido dar uma resposta a altura. Assim, a mentira avança, ameaçando o projeto civilizatório que admite o diálogo com o outro, sem que haja, pelo o que se demonstra, barreiras eficazes para detê-la. A fake news se torna, desse modo, a formadora de uma realidade delirante com milhares de seguidores.
Corremos o risco desse ser o Brasil que sairá das urnas no dia 30 e, pelo o que parece, independente de quem saia vitorioso. Ou seja, um país onde se prevaleça a mentira, o comércio da fé para sustentação do poder e a certeza da impunidade.
Esse é o debate central que trazemos, nesse momento tão delicado, para o nosso Caminhando Jornal TV 107, além das tradicionais seções de: psicologia, animais, desaparecidos, dicas e mais a polêmica sobre o direito de morrer.
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