Brasil: refém da fome e medo .[Imperialismo , cúpula militar, traição nacional ].
BRAZ$L SEQUESTRADO !
*(imperialismo , militares, elites traidoras)*
Mauro M. Burlamaqui
Neste número , matérias variadas, as melhores possíveis , em meio ao caos , sem abdicar das responsabilidades : a obra de Graciliano Ramos ; música sempre ; psicologia – os vícios humanos ; desaparecidos, sofrimento brasileiro ; nossos amigos, os animais ; o melhor da Internet ; dicas ; a Petrobrás, patrimônio nosso ; Afeganistão terrorista ; “Para onde vai o Brasil ?”. Cultura e política, nacional e internacional , sem censura, com independência.
Tentamos colaborar na superação do difícil momento nacional – desde 2018 , quando da eleição presidencial suspeita de político fisiológico , apoiado, ilegalmente , por forças militares . Um acusado de ser psicopata , adepto de torturas, incompetente administrador , ligado à extrema-direita americana , daí recebendo recursos e logística.
De outro lado , uma pandemia , que já ceifou a vida de cerca de 600 mil brasileiros, atingindo , indireta, milhões de pessoas , muitas com sequelas. Isto, além de uma desordem geral , mais de 6 trilhões de dívida pública, florestas queimadas, 730 mil empresas fechadas, 45 milhões de deficientes físicos , 15 milhões de desempregados , dezenas de milhões de pessoas passando fome ou com carência alimentar , desindustrialização acentuada, comprovada, favelas e milícias multiplicando-se .
Em resumo , um país que “andou prá trás nos últimos 40 anos”, na palavra do insuspeito presidente da ITAÚSA- para ele , Alfredo Setúbal , “um país em frangalhos” .
Os problemas não se originaram nas eleições de 2018 . Houve , de fato , estranha eleição com urnas suspeitas (segundo o próprio vencedor) ; com um general, junto ao TSE ; “facada” estranha, semanas antes , mal investigada , contra um candidato, depois vencedor ; pressões de generais sobre o STF ; interferência eleitoral , nas ruas, pró-impeachment de anterior presidente, com manifestações financiadas do estrangeiro ; ações ilegais , com milhares de robôs em redes sociais, sob direção estrangeira , como Bannon, além de ostensiva campanha dentro dos quartéis . Tal eleição, a maior farsa da História do Brasil, cuidadosa organizada para virar o leme do país rumo à extrema direita americana , com subordinação definitiva ao imperialismo , bem escondido .
Origem mais recente dessa desordem ? No golpe estrangeiro inicial, 1964 , que protegeu interesses americanos e censurou , prendeu ,torturou , matou, suspendeu direitos . E , depois, promoveu distensão fajuta e anistia que protegeria monstros torturadores.
Uma continuada contrarevolução antidemocrática e antinacional, em curso, por décadas . Problemas antigos e herdeiros deles chegando a nossos dias .
Se a “ditadura militar” preservou, por aqui , alguns interesses nacionais , fato reconhecido até por Fidel , ao voltarem os “civis”, empresários , a dirigirem o país, avançaram as privatizações e o “neoliberalismo”, base no famoso “Consenso de Washington” . Isto , desde o aloprado(Collor) ao discreto (FHC) até o mascarado (Luladilma). (E, atenção – quem afirma tal são marxistas de nome internacional , caso de James Petras e Ellen Wood , além de respeitados teóricos como Boito Júnior e Ricardo Antunes).
As chamadas “esquerdas”, com e sem aspas , parte do bloco dominante de poder daqueles tempos “lulopetistas”mais democráticos , inclusive em seu centro de gravidade , tem responsabilidade no antes citado e ocorrido e no que vemos , hoje, no Brasil . Por erros cometidos , seja no sentido de “esquerdismo”, nos períodos políticos mais duros, e , depois, de “direitismo”, nos tempos mais democráticos , faltando efetiva autocrítica .
O atual presidente brasileiro , pouca legitimidade, atualmente, elogia Pinochet(dirigente terrorista chileno, décadas atrás ), defende fake news e mentiras , promove a homofobia. Além disso é acusado de cometer , com a família , diversos ilícitos , não conveniente apurados , além de omitir-se frente a fatos suspeitos envolvendo vacinas , ou promovendo-os , sob diversos tipos de acusação.
Tal atesta o não funcionamento regular e correto, legal , de instituições como a PGR, Polícia Federal , o próprio Congresso e alguns tribunais judiciais. Há, aparente, por vezes, ausência de efetividade – não cumprimento da norma pela própria autoridade encarregada de fazê-lo , dai gerando ineficácia . Isto é, uma variação, com recurso a arquivamentos, engavetamentos, adiamentos, interpretações , conforme o caso em foco e força política e social das frações políticas em disputa de espaços .Tais, casos característicos do Estado de Exceção , vigente no Brasil .(Ver livro de mesmo nome , de G.Agamben , e “Autoritarismo e Impunidade”, de P.Napoleão).
No passado, décadas atrás , tínhamos deputados criminosos capazes de cortarem adversários em pedaços, jogando corpos na frente de delegacias policiais. Também presos políticos esquartejados e jogados em rios . Sem esquecer o próprio Tiradentes, esquartejado pelos portugueses .
Por aqui, Brasil , índios, negros , pobres , dominados , em especial , sempre sofreram horrores nas mãos de dominadores, aliados a interesses estrangeiros, desde a invasão portuguesa . A tortura e violência sempre foram regra impositiva , por aqui , a ponto de, hoje, a mais importante figura da administração , o doentio ex-capitão , defender um monstro torturador como Ustra( caso comprovado) . De outro lado, forças militares, vitoriosas , distribuíram, durante anos, “Medalhas do Pacificador” para torturadores conhecidos, inclusive ao monstruoso Ustra . O que envergonha a Nação e o próprio “pacificador”, que seria Caxias . (Não trazemos dados por serem estarrecedores e conhecidos . O filme “Pastor Cláudio”, p.e., entre outros documentos, é de fácil acesso na internet).
Como sair dessa situação? – indagarão os mais ansiosos . Ora, esperar heróis, soluções sebastianistas ou deste tipo, representariam ilusões que , provado , custariam caro, aproveitadas , ao contrário , pelos que detém real poder e força . Só a superação da ignorância, união, organização , longa luta ideológica e política poderão propiciar passos adiante.
Erram um Darcy Ribeiro(2001) , intelectual de renome, como o cordelista Gonçalo Silva , poeta popular , ao analisarem a desgraça nacional.
O primeiro, quando intitula livro seu – “Somos todos culpados” ; o segundo , quando , após lembrar o deputado esquartejador Paschoal, em versos, o que valeria para outro monstro pior , como Ustra , conclui … “não tenham pena do sujeito que padece…/ lembremos ….a frase que o mundo inteiro conhece / que diz “Cada povo tem o governo que merece”.
Porque nem todos “somos culpados” e nem sempre “cada povo tem o governo que merece”. No caso do Brasil, brilham , à luz do sol , como culpados , os imperialismos europeu e americano , inclusive nas últimas décadas, e seus aliados locais – elites econômicas e militares traidoras de seus povos ( há centenas de provas, livros, documentos, milhões de mortos, só no Brasil) .
Como afirmar-se que povos vítimas de massacres , por séculos, além de bárbaras torturas , caso de índios , negros , dominados em geral , sofredores , podem merecer governos, autoritários , torturadores, sem vergonha, ilegítimos, caso do atual ?
Ao contrário, milhões de seres humanos morreram , ao longo da história, tentando mudar aquelas situações , derrotados por adversários mais poderosos e experientes, amorais, sem ética . Por sinal , usuários dos métodos ainda hoje usados – torturas, mentiras, ilegalidades, armadilhas, golpes, covardias, de todos os tipos .
Quem mereceria esses sofrimentos seriam, ao contrário , os que os promoveram e promovem , desde séculos . Sim, invasores imperialistas ou aliados locais – secularmente encarapitados em altos poderes e cargos , ou curtindo fortunas, conquistadas à custa da exploração de milhões de miseráveis, muitos escravizados .
Talvea , quem sabe, um dia , aqueles dominadores, ou descendentes , terão os governos que , eles, sim, mereceriam?
Até lá, continuarão mantendo a ignorância e miséria popular , que garantem-lhes vida fácil , embora vergonhosa , sob os olhos de quem com mínimos valores morais.(*)
(*) Original não revisado, o que não impede entendimento.
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